Financiamento e Déficit
Se o Estado teve resultados negativos por tanto tempo, como foi possível financiar esse déficit por tanto tempo? A resposta é que esses desequilíbrios foram cobertos pelo endividamento suportado por operações de crédito ou pela emissão de títulos públicos por um período. Em outras oportunidades, pelo financiamento inflacionário e pelas receitas de privatizações.
Mais recentemente, pela alienação de parte de ações do banco público, pelas antecipações tributárias e pelos atrasos nos pagamentos de fornecedores. Também pelo parcelamento de vencimentos e de proventos mensais e do 13º salário de parte dos servidores.
Houve forte crescimento do endividamento de curto prazo, a exemplo do montante a pagar de passivos judiciais trabalhistas (precatórios), bem como pelos saques do caixa único, potencializados pelos depósitos judiciais no valor superior a R$ 10 bilhões. Ou seja, o Estado foi “empurrando” uma solução definitiva, gerando os chamados “restos a pagar” ou “passivos”, que hoje somam bilhões.